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Fora, Ricardo! Fora, Dunga!

Não há como conviverem no mesmo corpo um técnico de futebol brilhante, como a seleção merece, e um ex-jogador pouco acima de medíocre, limitado, legítimo precursor dos chamados brucutus. O desafio foi maior. Não se pode, porém, falar em surpresa. A invenção de Ricardo Teixeira fez o que era esperado: - convocou mal, preparou mal, escalou mal e nos presenteou com mais uma desclassificação no Torneio Olímpico.


O sonho do ouro, mais uma vez, foi adiado. Só o Ricardão acreditava nele. A falta de conhecimento do atual ofício é algo que até a minha falecida avó sabia sobre o Dunga. Assim como ele, ela nada sabia de futebol, mas já desconfiava que o Dunga não poderia liderar os jovens jogadores em uma competição tão importante, ou em qualquer outra. Somente a vaidade e os altos rendimentos podem tê-lo feito aceitar missão tão superior às suas possibilidades. A ganância, o apelo do prestígio, a falta de pudor e de humildade, falaram mais alto. Apesar disso, prefiro pensar que foi um lapso de inteligência, um devaneio dos dirigentes da CBF. Em sã consciência, ninguém tomaria uma decisão dessas, é muita falta de responsabilidade.


Na minha visão, essa tragédia tem um culpado maior: - o responsável por colocar a pessoa errada no lugar errado, na hora errado. À propósito, não é de hoje que penso que uma das causas do desempenho pífio dos atletas brasileiros nestes e em outros Jogos é a eternização dos dirigentes no comando. Conforme já comentei por aqui, nossas confederações e federações não passam de autênticos feudos. O pessoal que manda na CBB (basquete), CBDA (esportes aquáticos), CBV (voleibol), CBAt (atletismo), CBH (hipismo), CHC (ciclismo), CBE (esgrima) e tantas outras está lá há pelo menos 10 anos. Virou meio de vida para a maioria. Agora, então, pudera! Com o dinheiro que está jorrando nos cofres, quem quer largar o osso? Nunca tanta verba escorreu pra essa gente e vejam no que deu! Um número recorde de atletas participando dos Jogos e um retorno ínfimo, um fracasso retumbante. Tirando o Cesar Cielo, até então quase desconhecido, todos nos quais se tinha esperança cairam pelo caminho, alguns, literalmente, como o Diego Hipólito.

Agora é esperar mais quatro anos. Quem sabe, neste período não acontece uma revolução e essa corja é defenestrada do poder, e respiramos novos ares, de renovação, de mudança, de reconstrução, mesmo que tenha que começar tudo de novo. Oremos.

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