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Chegamos longe

Não fôra o excelente grupo treinado por Zé Roberto Guimarães e os Estados Unidos fariam o que a nossa imprensa ufanista previa para o Brasil antes dos jogos - trariam de Pequim 4 medalhas de ouro no volei.

Pra quem esperava "papar tudo", o resultado acabou sendo: um ouro, duas pratas e um bronze. Excelente, porém, bem diferente do esperado.

Como no futebol, nessas Olimpíadas a propalada hegemonia brasileira no volei foi posta em xeque, e a reação insuficiente diante do poderio dos criadores do esporte. O que parece, é que neste último ciclo nossos métodos foram ultrapassados, e é chegada a hora da renovação. Se quer se manter no topo, ou perto dele, o Bernardo e a comissão técnica precisam rever conceitos e buscar novos valores, principalmente na posição de levantador. Ou efetiva de uma vez o filho, Bruno, ou o Brasil vai descer a ladeira. Ele, melhor que eu sabe que essa posição exige um algo mais, que só o craque é capaz de entregar. Coisa que, definitivamente, Marcelinho não consegue fazer.

O volei brasileiro fez bonito, talvez pudesse ter feito mais, mas está de parabéns. Vamos iniciar um novo ciclo e temos condições de melhorar. Basta não ter vaidade nem insistir em fórmulas e peças comprovadamente obsoletas.

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