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Palocci não convenceu a ninguém

Nem a otimista Pollyana, ou o seu plágio tupiniquim - a velhinha de Taubaté - se convenceriam com a entrevista do ministro Antonio Palocci.

Pelo que se viu, o petista não justificou a extraordinária multiplicação do seu patrimônio, nem se acha obrigado a fazê-lo. Diz que entregou as explicações aos órgãos competentes e invoca a boa fé das pessoas para nos vender peixe podre.

Segundo Palocci, os 10 milhões de reais recebidos nos últimos meses do ano passado, quando Dilma já tinha se "sagrado" a primeira síndica do condomínio Brasil, referem-se ao encerramento de contratos.

O médico não é burro, mas, com toda certeza, confia na nossa ignorância. Ele quer que compremos uma singela historinha: os contratos ainda durariam algum tempo, mas, ele precisava encerrar as atividades da "consultoria". Então, esses maravilhosos clientes anteciparam os valores que ainda seriam pagos. Tudo em nome da lisura e da ética do então futuro Ministro de Estado.

Bem, se não haveria mais contra-prestação de serviços, uma vez que Palocci estaria abdicando dos milhões que lhe rendiam os clientes para cumprir o saboroso dever de servir ao país, é de se depreender que o dinheiro já era devido. O consultor era tão bom que tinha financiado o serviços. Serviços estes, certamente prestados há muito tempo atrás, pois em 2010, Palocci esteve dedicado à campanha da candidata Dilma. Sorte dele, que os piedosos e endinheirados clientes, para não atrapalhar a vida de seu valioso colaborador, apressaram-se em adiantar os pagamentos. Tudo que eu queria na vida era ter clientes assim!

Este enredo é tão ruim e inverossímil que não cabe nem em novela da Record. A credibilidade dele é o que mede hoje a do o ministro, ou seja, nada!

Sinceramente, não há mais como manter Palocci no ministério. Dilma tem que se livrar dele o mais rápido possível. A intervenção branca que o Apedeuta aplicou no governo na semana passada o demonstra. Se Palocci continuar na Casa Civil enfraquecerá Dilma a ponto de comprometer a governabilidade. E isso, nem eu quero. A despeito de tudo, a menos que surja algum fato que a impeça, defendo que governe até o fim.

Então, caro Palocci, chegou a hora, pede pra c@9@r, e sai!

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