Pular para o conteúdo principal

Sonho tricolor


A taça Rio, de 1952, que a FIFA negou reconhecimento como título "mundial", inocentemente pleiteado pelo Florminense, foi vencida pelo clube carioca, em dois jogos contra o Corinthians, ganhando um e empatando o outro.

As equipes convidadas são uma autêntica "patacoada", como se dizia na época:

Grupo RJ
Fluminense - Brasil
Peñarol - Uruguai
Grasshopper - Suiça
Sporting - Portugal


Grupo SP
Corínthians - Brasil
Saarbruken - Alemanha
Austria Wien - Austria
Libertad - Paraguai


O nível dos clubes pode ser avaliado por seus resultados:

A fase inicial foi assim:
No grupo A, o Grasshopper (gafanhoto, em inglês) perdeu os 3 jogos.
O Peñarol, ganhou duas partidas e perdeu para o Fluminense por 3 x 0
O Sporting, de Lisboa, ganhou uma, perdeu uma, e empatou com o "Flor".
O Flor terminou a fase em primeiro, com um empate, e duas vitórias.


No grupo de S.Paulo,
O Saarbruken perdeu os 3 jogos, por 6 x 1, 5 x 1 e 4 x 1.
O Austria Wien, ganhou dois jogos e perdeu pro Corinthians.
O Libertad ganhou do Saarbruken, perdeu pro Austria Wien e foi vencido pelo Corínthians por 6 x 1.
O Corínthians terminou a fase em primeiro, com 3 vitórias.


As semifinais foram disputadas em ida e volta, e o Flor ganhou duas vezes do fraco Austria Wien, por 1 x 0 e 5 x 2; enquanto o Corínthians também teve sua tarefa facilitada, ganhando do Peñarol por 2 x 1, e, pasmem, WO.

É isso que os tricolores chamam de Mundial! Precisa falar mais alguma coisa?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Voltando devagar

Dois anos depois, senti vontade de voltar a escrever. Já havia perdido um bocado do entusiasmo, me sentindo incapaz de produzir algo interessante, que valha a pena ser lido, sentimento que pouco mudou. O que mudou foi o jeito como estou começando a ver as coisas. Outro dia, li algo que me chamou a atenção, tipo: "A arte não é para o artista mais do que a água é para o encanador”. E continuava, "Não, a arte é para quem a absorve, mesmo que o artista nem sempre tenha plena consciência do quanto isso é verdade. Pois sim, na verdade, a maioria dos artistas que ainda decidimos considerar entre “os grandes” estavam fazendo isso para fins em grande parte masturbatórios, em oposição à pura motivação de “querer criar algo para os outros." Aparentemente, trata-se de uma fala de um personagem de filme. Ainda estou por checar. Definitivamente, o que faço aqui não é arte, não tenho essa pretensão, no entanto, essa é sem dúvida uma questão estranha sobre a arte como um conceito, que a...

Perda irreparável

Na terça-feira passada, 17, fui surpreendido com uma das piores notícias da minha vida - um dos amigos que mais gosto, um por quem tenho enorme admiração, um irmão que a vida me deu, havia deixado este mundo. A notícia não dava margem a dúvidas. Era um cartão, um convite para o velório e cremação no dia seguinte. Não tinha opção, a não ser tentar digerir aquela trágica informação. Confesso que nunca imaginei que esta cena pudesse acontecer. Nunca me vi  nesta situação, ainda mais em se tratando do Sylvio. A chei que  ele estaria aqui pra sempre. Que todos partiriam, inclusive eu, e ele aqui ficaria até  quando ele próprio resolvesse que chegar a hora de descansar. Ele era assim,  não convencional e suspeitei que, como sempre fez, resolveria também  essa questão. Hoje em dia, com a divisão ideológica vigente e as mudanças nos códigos  de conduta, poucos diriam dele: que cara maneiro! M esmo os que se surpreendiam ou não gostavam de algumas de suas facetas, c...

História do Filho da Puta

John Frederick Herring (1795 - 1865) foi um conhecido pintor de cenas esportivas e equinas, na Inglaterra. Em 1836, o autor do famoso quadro "Pharaoh's Charriot Horses", avaliado em mais de $500.000, acrescentou "SR" (Senior) à assinatura que apunha em seus quadros por causa da crescente fama de seu filho, então adolescente, que se notabilizou nessa mesma área. Apesar de nunca ter alcançado um valor tão elevado, um outro de seus quadros tem uma história bastante pitoresca. Em 1815, com apenas 20 anos, Herring, o pai, como era tradição, imortalizou em um quadro a óleo o cavalo ganhador do St Leger Stakes, em Doncaster, na Inglaterra. Até aí, nada de mais. A grande surpresa é o nome do animal: Filho da Puta! É isso mesmo. Filho da puta. Há pelo menos três versões sobre a origem desse estranho nome. A que parece mais plausível (e também a mais curiosa), dá conta que o embaixador português na Inglaterra, à época, era apaixonado por turfe e também por uma viúva com q...