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Mengão com pinta de campeão



Flamengo e Santos realizaram, provavelmente, a melhor partida de todo o campeonato brasileiro de 2011. Foi uma batalha épica! Digna das melhores tradições e dos nomes de dois dos maiores clubes do nosso futebol. Uma enxurrada de lances e jogadas sensacionais que resgataram tudo aquilo que julgamos perdido com a derrota precoce na Copa América.

O Santos começou arrasador e com 25 minutos de jogo já tinha aberto uma vantagem de 3 gols, no que parecia o início de uma devastadora noite para os rubro-negros. Neymar e Borges levaram a defesa e a torcida flamenguista para o que parecia ser o fundo do poço. Pra completar, Deivid se cansava de perder chances, sendo que numa delas conseguiu tocar para o gol vazio, e ele próprio cortou a bola, com a outra perna, pra fora.

Mas o jogo, depois saberíamos, era de Ronaldinho Gaúcho. Aos 29, num cruzamento que a zaga santista cortou mal, o craque apenas empurrou a bola pra fazer o primeiro gol. Imediatamente, ele foi buscá-la nas redes, e a carregou de volta até o meio de campo, num gesto que deu a entender que aquilo não ficaria assim.

Apenas 3 minutos depois, Thiago Neves escorou de cabeça uma bola cruzada por Leo Moura, abalando, em definitivo, o moral do Santos. Era a confirmação da reação. O empate veio aos 44, com Deivid tocando de cabeça escanteio batido por Ronaldinho. O Santos foi para o vestiário ainda mais arrasado com a perda de um pênalti, batido por Elano, numa cavadinha ridícula, que Felipe não teve o menor trabalho, e ainda tripudiou do adversário, fazendo embaixadinhas, depois de pegar a bola.

O segundo tempo reservava emoções ainda mais intensas. O Santos voltou a marcar, logo aos 5, com Neymar vencendo novamente a defesa rubro-negra com um toque de categoria, encobrindo Felipe. À propósito, Neymar, certamente, foi o jogador que mais se destacou no Santos. Para o bem, e para o mal - deu passes de bicicleta, aplicou inúmeros dribles, converteu dois gols, e também protagonizou os lances mais desleais de toda a partida. Não apenas agredindo os adversários, como com a já conhecida catimba, simulando faltas e tentando enganar o juiz fraquinho, no que teve algum sucesso. Está na hora de parar de passar a mão na cabeça desse moleque. Ele joga muita bola, é inegável, mas é também um trambiqueiro, um cai-cai, um desonesto, que não merece estar na seleção. Pelo menos, não enquanto continuar com esta atitude anti-desportiva.

O resto da partida foi toda do Flamengo, que usou a experiência, a coragem e, principalmente, a genialidade de Ronaldinho Gaúcho para vencer este jogo que vai entrar para a história. O gol de empate foi uma autêntica pintura. Uma jogada digna de quem já foi o melhor do mundo, e continua com a inteligência, o descortínio e a habilidade prontas para ser usadas, quando necessário. Na virada, ele teve o auxílio luxuoso de Thiago Neves, que também jogou muito, e soube esperar a hora certa de tocar, colocando o dentuço de cara para presentear a nação rubro-negra com a melhor noitada dos últimos tempos.

Foi uma vitória maiúscula, forjada pela raça, a determinação, a categoria e a força de uma equipe que não se abateu quando se viu em tanta desvantagem. A lamentar, apenas, a perda do gol por Thiago Neves, no finzinho do jogo. Seria a coroação de um jogo eletrizante e maravilhoso, um prêmio para a superioridade que o Fla impôs ao adversário.

Parabéns, Mengão! A maioria esteve muito bem e fez o que gostariamos de ver. Desde o incansável Williams, Luiz Antonio e seu substituto, Botinelli, Leo Moura, Renato, Junior César, e Felipe. Até o Deivid. Em um outro patamar acima estiveram o Thiago Neves e o Gaúcho, este último, com uma exibição de gala.

É por isso que todos nós, flamenguistas, temos orgulho da nossa camisa. O Flamengo é isso: garra, paixão, luta e não desistir, nunca. Os meninos da Vila ainda tem muito feijão pra comer e estrada pra andar. Não é um dribladorzinho qualquer, e seus coadjuvantes, que vão acabar com a nossa invencibilidade.

Engole essa, Muricy!!!!!!! Chorem, santistas!!!

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