Quando o Grêmio abriu o placar, na metade do primeiro tempo, diante do silêncio que se impôs no bar onde estávamos, um dos meus filhos levantou-se e soltou um solitário grito: - "vamos lá, Mengoooo!!!!". Naquele momento, lembrei do apelo que Luis Fernando Veríssimo tinha feito ao time dos pampas, para que contrariasse sua torcida e vencesse, e, apesar da desvantagem, tive a certeza que o Flamengo seria campeão. A fé do meu jovem filho, cheio de brios, me convenceu que os deuses do futebol não deixariam que os gaúchos promovessem um novo "maracanazo".
A reação histórica começou com uma jogada onde o Imperador foi atropelado pela zaga gremista e a bola sobrou para David, que fuzilou à esquerda do goleiro. O gol acordou a torcida que, a partir daí, não parou mais de incentivar os cariocas.
No segundo tempo, aos 23 minutos, olhei para o relógio e naquelas coisas que a gente faz mentalmente, calculei que tínhamos apenas meio tempo para resolver a parada. Era bem pouco. Logo em seguida as orações da nação rubro-negra foram atendidas e uma cabeçada fulminante de Angelim, outro herói da conquista, deu números finais ao jogo. O resto do segundo tempo foi emocionante e quando o Heder Roberto Lopes apitou o fim da partida a festa foi sensacional e a comemoração do hexa, uma coisa linda de se ver.
A história desse campeonato é cheia de particularidades, como não poderia deixar de ser, mas repetindo seus tempos de jogador, foram a inteligência e a competência do Andrade que, com humildade e simplicidade mudou os rumos do Flamengo, comandando com mão firme o time até o título.
O domingo é de festa também para tricolores e botafoguenses, que escaparam da degola, sendo a trajetória do Flu, a mais impressionante que eu já vi. Parabéns aos dois!
Parabéns, Mengão! Obrigado por existires. É o maior prazer te ver brilhar, seja na terra, seja no mar, ou em qualquer lugar.
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