O assunto do primeiro post não poderia ser outro. Aqueles, como eu, que esperavam que Renan fosse defenestrado do cargo de presidente do Senado, perdesse o mandato e de quebra fôsse pra geladeira por mais de 10 anos devem estar se perguntando: e agora? O que mais vai acontecer? Não querendo fazer o papel de ave de mau-agouro, nem o de arauto da desgraça, tenho que reconhecer que, a julgar pelo andar da carruagem, Renan, o protegido, o detentor de todos os segredos e podres de seus pares, vai sobreviver aos outros processos e continuar como o quarto homem da República. O espírito de corpo, já demonstrado nos sucessivos e decepcionantes julgamentos dos mensaleiros da Câmara, nessas horas prevalesce e novamente os senadores vão passar-lhe um atestado de bons antecedentes e, quem sabe?, de bom comportamento futuro, e não há nada que possamos fazer. Ops! Não há, uma pinóia! Podemos sim. Assim como os membros da vetusta, anacrônica, e agora se vê, casa do compadrio, ignoraram a vontade da população, expressa por todos os meios e modos, também nós, cidadãos, homens de bem, pagadores de impostos e cumpridores dos nossos deveres, podemos nos lixar para as decisões urdidas sob o manto do segredo, feitas às escuras, e tomar o destino do País em nossas mãos. Não, não propugno violência, caça aos senadores e políticos em geral (apesar de sentir uma vontade danada), ou qualquer tipo de atentado à democracia, ou aos poderes constituidos. Conquistamos a liberdade com tanto custo, não é o caso de jogar tudo fora. Quero apenas lembrar que, por muito menos, um antigo parceiro de Renan, o caçador de marajás, foi escorraçado do Poder. Naquela época, além da mídia, a voz rouca das ruas, personificada nos caras-pintadas, foi a mola que disparou o processo, encurralou os políticos e levou à renúncia do outro alagoano. Chegou a hora de levar de novo o povo à praça dos 3 poderes, à avenida Paulista, à Candelária, à praça da Liberdade e gritar. Gritar toda a nossa insatisfação, a nossa revolta, a nossa indignação com tudo isso que a classe política tem nos oferecido, especialmente nos últimos anos. É hora de juntar forças, idéias, e fazer tudo que pudermos para afastar esses maus brasileiros do comando das nossas institições. Cada um tem, com certeza, algum tipo de contribuição a dar, desde divulgar a mensagem entre os amigos, no bairro, na escola, nos bares, até promover reuniões, seminários, publicações e outras ações que ajudem a formar a corrente. Os anos PT - o partido que será para sempre lembrado como o maior estelionatário político da história do Brasil - tão férteis na produção de corruptos, ladrões, salafrários, falsas realizações, discursos vazios, promessas não cumpridas, terão da sociedade o devido troco, para não esquecer. É o mínimo que podemos fazer pelas próximas gerações.
Dois anos depois, senti vontade de voltar a escrever. Já havia perdido um bocado do entusiasmo, me sentindo incapaz de produzir algo interessante, que valha a pena ser lido, sentimento que pouco mudou. O que mudou foi o jeito como estou começando a ver as coisas. Outro dia, li algo que me chamou a atenção, tipo: "A arte não é para o artista mais do que a água é para o encanador”. E continuava, "Não, a arte é para quem a absorve, mesmo que o artista nem sempre tenha plena consciência do quanto isso é verdade. Pois sim, na verdade, a maioria dos artistas que ainda decidimos considerar entre “os grandes” estavam fazendo isso para fins em grande parte masturbatórios, em oposição à pura motivação de “querer criar algo para os outros." Aparentemente, trata-se de uma fala de um personagem de filme. Ainda estou por checar. Definitivamente, o que faço aqui não é arte, não tenho essa pretensão, no entanto, essa é sem dúvida uma questão estranha sobre a arte como um conceito, que a...
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