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Salas de aula são usinas de ideólogos e doutrinadores.

Compartilhado por Leandro Lopes

Dentro de uma sala de aula, a coisa está muito mais bagunçada do que se imagina. Há poucos alunos que ainda entendem a sala de aula como deveria ser e não como um laboratório de dialética de Frankfurt nem como uma luta de classes transformada em arremedo de educação, como fez Paulo Freire.

A professora que apanhou tinha pensamentos horríveis, coitada! Defende agressores e apóia ações premeditadas de vandalismo e agressão contra aqueles que não pensam como ela. É um erro terrível e uma apologia à desordem, ao crime. Ela, no fundo, defendeu criminosos. No entanto, foi vítima de um deles.

Não foi, contudo, a tal professora que o criou. Ela não está colhendo o que plantou. Queridos, ela já é um fruto da tal semeadura. 
Os professores, em geral, foram formados para viverem em estado de letargia intelectual terrível! 

A guerra da linguagem tomou conta dos cursos de licenciatura e das diretorias de ensino. O Estatuto da Criança e do Adolescente, junto com a tal pedagogia do oprimido e com a pedagogia do amor, mais um pouco da farsa do socioconstrutivismo e uma pitada estratégica de ódio ao normativo, foram os verdadeiros vilões da educação. 

A sala de aula passou a se tornar (bem como a escola como um todo) um ringue de engenharia social e de lutas de classes.

Falar em punição dentro de uma sala com supervisores, coordenadores et caterva era sinônimo de retrocesso e quase de fascismo. 

Alunos bons eram - e são - obrigados a dividir ou perder atenção em vista de alunos que dão problemas inenarráveis. 

Toda a educação se voltou para uma espécie de "desculpa pelas condições sociais", e os alunos passaram a ser "pacientes" num ambiente que deixou de atender às necessidades reais da educação clássica e passou a oferecer "conforto", "refúgio" e "abrigo" para pessoas que, na briga da falsa redemocratização de ensino, não se adequaram à "nova escola" que os cientistas da pedagogia laboratorial criaram.

Essa professora é uma vítima de um aluno que foi formado para ser o não-aluno, como muitos, na rede pública, o são: se não sabe ler, dá uma atividade condizente; se não consegue ir à escola, dá uma reposição de faltas, se não consegue acompanhar, reduz o ritmo, porque no final, tudo vira bos¨%#$@%#... ou melhor, no final, tem de dar um 5, pra aprovação!

Professores são agredidos dentro de salas de aulas o tempo todo. 
Não arregalem os olhos como se isso fosse algo absurdo desses tempos de agora. Já faz um bom tempo que professores são agredidos e dissuadidos de irem às delegacias por medo; já faz muito tempo que alunos têm se achado no direito de armar e ameaçar professores!

Triste de quem defende, mas e quem não defende?
No fundo, dizer que essa professora mereceu apanhar é dizer duas coisas: 
1) Fazer a mesma coisa que ela, que, em não concordar com o Bolsonaro, apoiou agressão ao deputado, então, podem ser agredidos todos que tiverem pensamentos divergentes?

2) Dentro de uma sala de aula, dependendo do pensamento do professor, o aluno tem o direito de lhe agredir.

O universo da sala de aula é muito maior que o mundinho intelectual de facebook. Poucas pessoas sabem realmente como funciona a escola (que está seriamente comprometida, sim, com ideologias, ainda que poucos professores se deem conta disso).

Diante disso tudo, há duas coisas importantes a serem ditas: o aluno, que não vai ser punido, merece punição adequada.

A professora, que defendia bandidos e vândalos, possa aprender que, no fundo, quem luta para que ela e professores como eu e tantos outros não passem por isso jamais, é exatamente o tal Bolsonaro que ela atacou e outros que entendem que não se acaricia o criminoso, mas o pune para que ele aprenda e a sociedade fique livre desse crime!

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