Pular para o conteúdo principal

Muito prazer, por Flávia Paixão

"Fico feliz que tenha gostado e que agora saiba ser exagero todo medo que foi criado. Não pude te oferecer o maior conforto de todos, mas te ofereci a melhor das intenções. Se faltou caviar, me perdoe, espero ter compensado com sorrisos e caipirinhas.

Aqui não fazemos muito caviar. Mas sorrimos como se pudéssemos comê-lo todos os dias.

Quando chegar em casa, se tossir, é mera mudança climática. Não se assuste, não é Zika.

Quando você quiser voltar, a palavra é “saudade”. Sei que não tem no mundo essa palavra, mas após vir aqui, tenho certeza que passará a fazer parte da sua vida e vocabulário.

Me desculpe pelas armas nas ruas, é que me disseram tanto que eu falharia que pedi todo reforço que pude para te proteger. Queria te ver feliz. Sei que você não tem culpa nenhuma dos meus problemas e por isso te peço desculpas pelos filhos rebeldes e pouco inteligentes que acharam que descontando em você melhoraria alguma coisa. Quase imperceptível minoria, mas ainda assim, me desculpo.

Espero que tenhas aprendido a sambar. Que em algum momento de irritação na sua viagem um dos nossos tenha lhe estendido a mão num inglês nada fluente mas cheio de boa fé.

A Gisele no começo? Sabe como é, a primeira impressão é a que fica… eu quis impressionar.

Eu espero que você tenha visto o sol se pôr no Arpoador. Espero que em algum momento aquela batucada de Copacabana tenha mexido com seus pés. Que você tenha tido 15 dias para entender que o Cristo não está ali para dizer apenas que somos religiosos, mas sim, que estamos sempre como ele: de braços abertos.

Foi à Lapa? À Barra da Tijuca? Lindo, né? É porque tu não viu Angra, Arraial, Búzios, Paraty, Petrópolis...,…

Desculpa a bagunça. É que foi muita gente, e eu nunca tinha feito algo desse tamanho. Mas acho que no final saiu tudo certo.

Espero que quando o seu avião subir você olhe para trás com ternura e saiba que nossas vaias não são contra vocês, mas em apoio aos nossos. É nosso jeitinho debochado de torcer.

Obrigado pela confiança. Volte sempre que quiser, puder ou precisar. Se por acaso você se apaixonou, não sofre não. Acontece com todo mundo.

É que eu sou malandro, batuqueiro, cachaceiro, casa da Mangueira e do Salgueiro. Faço sol o ano inteiro, vivo sorrindo e me orgulho de ser brasileiro.
Sou debochado, bonito irresponsável e maneiro. Sou feliz!! Espero que você tenha gostado.

Muito, mas muito prazer. Eu sou o Rio de Janeiro"

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Com corona ou sem corona, dia 15, eu vou!

Em tempos de corona virus, pode parecer estranho, mas, fica mais importante ainda comparecer à manifestação do próximo dia 15. Contra as tentativas sórdidas de congressistas de alto coturno, jornalistas militantes e parte do judiciário, de usurpar poderes, prejudicar ações, e evitar que governe conforme o mandato que lhe concederam, é preciso demonstrar de forma cristalina que o presidente está, cada vez mais, com apoio popular, e que o desejo de que prossiga com as reformas do Estado, o combate à corrupção e à esquerda tacanha, gananciosa e cretina continua firme e forte. O sistema de governo é presidencialista, e isso já foi decidido há mais de 25 anos, quando se jogou uma montanha de dinheiro fora pra oficializar o que todo mundo sabia. É, portanto, intolerável que um presidente eleito, ainda que pairem dúvidas sobre a lisura do pleito, não consiga dar um passo sem que membros vetustos e caquéticos do STF não só opinem como trabalhem contra ele. Que a imprensa a tudo critiqu

Esposa de aluguel - quem quer?

Gaby Fontenelle, assistente de palco de Rodrigo Faro, no "Melhor do Brasil". No programa, Gaby encarna a personagem "Esposa de aluguel". Grande idéia! Quem não quer uma morena espetacular com essa fazendo todas as suas vontades?

Perda irreparável

Na terça-feira passada, 17, fui surpreendido com uma das piores notícias da minha vida - um dos amigos que mais gosto, um por quem tenho enorme admiração, um irmão que a vida me deu, havia deixado este mundo. A notícia não dava margem a dúvidas. Era um cartão, um convite para o velório e cremação no dia seguinte. Não tinha opção, a não ser tentar digerir aquela trágica informação. Confesso que nunca imaginei que esta cena pudesse acontecer. Nunca me vi  nesta situação, ainda mais em se tratando do Sylvio. A chei que  ele estaria aqui pra sempre. Que todos partiriam, inclusive eu, e ele aqui ficaria até  quando ele próprio resolvesse que chegar a hora de descansar. Ele era assim,  não convencional e suspeitei que, como sempre fez, resolveria também  essa questão. Hoje em dia, com a divisão ideológica vigente e as mudanças nos códigos  de conduta, poucos diriam dele: que cara maneiro! M esmo os que se surpreendiam ou não gostavam de algumas de suas facetas, contudo, tinham essa opinião.