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Adeus, 2015! Tudo por fazer em 2016.

Afinal, chegamos! O último dia de 2015. Um ano que não vai deixar saudade. Sequer vale a pena relembrar os por quês. Eles são muitos, e remetem a perdas enormes, especialmente, da esperança, da alegria, do otimismo, da confiança e até da fé.

Não quero enveredar pela trilha do "eu avisei", "só vocês não viram" e "a culpa é de quem votou nela", mas não está fácil. Sim, há muitos culpados, e, claro, quem ainda pensava que estaria mantendo um projeto de governo voltado para os mais necessitados, de reforço das tais "conquistas sociais", não é tão culpado assim. É preciso não esquecer que, em primeiro lugar, eles foram enganados. Caíram, de novo, no canto da sereia. Pensando bem, um ano que começou sob o signo da renovação do mandato da Dilma, obtido, sabe-se lá sob que condições, não podia ser bom, nem acabar bem.

Os verdadeiros culpados são os que há 13 anos logram a nação, vendem gato por lebre, se aproveitam da boa vontade e da inocência do povo, iludem os pobres, alimentam programas que fazem o eleitorado refém, não se envergonham de assaltar os cofres públicos, sobrevivem às custas de negociatas e tráfico de influência, solapam as instituições para manter seus privilégios, destroem reputações, mentem, distorcem, fazem o diabo, apenas, em nome do poder. O poder pelo poder. Em nada são competentes. Só tem criatividade para engendrar esquemas, corromper, roubar. Não precisa fazer muita pesquisa para concluir isto. Ao longo de todos esses anos, nada se fez para mudar a cara do país: a educação consegue estar pior do era, a segurança é um desastre - milhares de mortos por ano, fronteiras que mais parecem um queijo suiço, crescimento exponencial do tráfico de drogas; a saúde é caótica, hospitais sucateados, profissionais mal pagos, falta tudo. Da economia é melhor não falar. Que país aguentaria 8 anos de Guido Mantega? A sucessão de erros macro e micro econômicos é assustadora, e, aterradora. Planejamento e execução não existem. Que obra foi concluída? Que obra não se contaminou pela corrupção, pelo superfaturamento, pelo desvio? Quantas ainda estão aí, com custos quintuplicados, decaduplicados? Como sobreviver com 39 ministérios? Como fazer toda esta burocracia produzir um mínimo que se reverta aos pagadores de impostos?

E como se gasta! Só que se gasta muito mal. Não bastasse os cartões corporativos - sorvedouro de milhões, gastos sem comprovação -, não bastasse o desperdício, como recentemente, na COP-21, onde R$ 1,5 milhão (o total deve passar dos R$ 2 milhões) foram jogados no lixo, não bastasse o aparelhamento e consequente inchaço da máquina pública, não bastassem as obras inacabados e com custos aumentados, não bastasse a falta de previsão, não bastasse a interminável lista de escândalos, ainda zombam da inteligência alheia - parlamentares governistas fazem as declarações mais estafúrdias e odiosas, nada produzem e agem como vestais enquanto vivem de tenebrosas transações; ministros do STF, contrabandeados para dentro do órgão, agridem a Constituição, enganam em seus pareceres, decidem a favor da raposa, conscientemente, em pagamento de favores e nomeações, esculhambando o equilíbrio e a harmonia entre os poderes - bagunçando a república.

Quem está pagando a conta da incúria, da roubalheira, da incompetência? Até o morador de uma comunidade ribeirinha, no interior da Amazônia, sabe. E, sabe que é um dos maiores prejudicados. Não fosse esse período perdido, e a vida dele provavelmente estaria melhor. O salto de qualidade, o crescimento econômico, o aprimoramento institucional, a melhoria dos serviços públicos, cujas bases foram lançadas com a estabilidade da moeda, quase ausência de inflação, privatizações, estímulos à educação, investimentos privados, instituições funcionando, ambiente de negócios confiável, foi substituído por um desejo de se manter no poder a qualquer preço, corrupção endêmica e incompetência generalizada.

Infelizmente, nada temos a comemorar. Muito ao contrário, só temos a lamentar.

Para 2016, só há uma coisa a fazer, prioridade das prioridades: tirar o PT do poder. Não há nada mais importante do que isso. É uma questão de sobrevivência. O estrago promovido pelo partido é gigantesco, comparável ao desastre causado pela Samarco no rio Doce, suficiente para nos ocupar na recuperação durante décadas. Há inúmeras razões para defestrá-los: desde a apuração fraudulenta das eleições de 2014, gestão temerária, incluindo a corrupção endêmica, pedaladas fiscais, destruição da Petrobras e a falência econômica. A principal, no entanto, é o escárnio com o público, e desdém pela opinião contrária, é a falta de vergonha e a desfaçatez com que eles lidam com os assuntos de Estado. Chegou a hora. Vamos pra rua, apoiar o impeachment, mostrar aos parlamentares que o governo acabou. Falta credibilidade, falta apoio popular, falta base parlamentar, falta tudo!

Trouxeram as coisas a um ponto onde há tudo por fazer. É reconstrução, mesmo! Sai pra lá, 2015! Quero esquecer que vivi todos esses 365 dias. E que Deus nos ajude nessa luta! 

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