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Começou a desconstrução do papa pela canalha

 
 
Por Reinaldo Azevedo
 
Pronto! O troço já se espalhou mundo afora. Na televisão, há pouco, uma senhora babava de indignação. Por quê? Porque um jornalista chamado Horacio Verbitsky acusa o agora papa Francisco de ter contribuído para a prisão, em 1976, de dois jesuítas que trabalhavam sob o seu comando: Francisco Jalics e Orlando Yorio. Não há uma só prova a respeito, nada, zero! Há apenas a maledicência de Verbitsky a partir de boatos.
O que a imprensa mundo afora não está noticiando é que o senhor Verbitsky pertenceu ao grupo terrorista Montoneros na década de 1970. Ele admite que participou de tiroteios, ressalvando que, “felizmente, ninguém morreu”. Como ele sabe? Também minimiza a sua atuação na organização.
É mesmo? Não e o que sustenta o também jornalista argentino Carlos Manuel Acuña no livro: “Verbitsky — De la Habana a la Fundación Ford” (“Verbitsky, de Havana à Fundação Ford”). Segundo Acuña, o homem que acusa o papa ajudou a desviar para Cuba os US$ 60 milhões que renderam o sequestro dos irmãos Born (Jorge e Juan). Eles foram capturados em 1975 e libertados só em 1976.
O mais asqueroso é que, também na imprensa brasileira, Verbitsky, um puxa-saco do casal Kirchner (Cristina, como se sabe, adora o jornalismo livre…), está sendo chamado de “respeitado jornalista”, sem mais nenhuma referência.
Não há nenhuma evidência, a não ser boataria sem fundamento, de que o então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio tenha colaborado com a ditadura. Já a relação de Vesbitsky com os terroristas tem até confissão.

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