O fim de semana foi de muitas perdas para a humanidade: além do Joãozinho Trinta, Sérgio Brito e Cesária Évora, morreu, também, o ex-presidente da República Tcheca, Vaclav Ravel, aos 75 anos. Principal líder da Revolução de Veludo, que em 1989, sem derramamento de sangue, livrou a antiga Tchecoslováquia dos grilhões do comunismo, o escritor e dramaturgo deixa uma alentada obra, que inclui peças de teatro, livros de poesia, de não ficção e até um infantil. Infelizmente, até onde sei, só podemos lê-lo em inglês. Por sua oposição ao comunismo, crença na resistência não violenta e convicções políticas, Havel foi comparado ao Ghandi e preso inúmeras vezes, tendo passado um período de cinco anos nas prisões da Cortina de Ferrp, de onde saiu, e pouco tempo depois se tornou o último presidente da ainda Tchecoslováquia. Conhecido por seus ensaios, Havel foi um interminável produtor de frases, entre elas duas que gosto muito: "Há sempre al...