Há 30 e tantos anos, quando surgiu na cena pública, ainda como líder sindical, já era possível identificar o personagem ardiloso, dissimulado, carreirista, calhorda, aproveitador, malandro e vigarista que se juntavam em Luis Inácio da Silva. Muitos não viram, muitos propositadamente ignoraram, muitos insuflaram e ajudaram a levantar a bola daquele que parecia ter ambição e potencial para vôos mais altos, como acabou, de um jeito ou de outro, acontecendo. Houve, também, quem não se deixasse levar pelo canto da sereia, pelo discurso fácil, pelas muitas narrativas que se construiu a partir de então, contra tudo que era pretérito, e as promessas de um futuro construído com base em experiências que jamais funcionaram, em qualquer lugar do mundo. Quem me conhece sabe que nesse quase 40 anos, só aumentou a minha desconfiança com o partido e aversão às suas figuras proeminentes. O tempo me deu razão. Eles não passam de vigaristas, canalhas, mentirosos, ladrões, corruptos, alpinista...