Já que a manobra para tornar a CPMI do Cachoeira no palco de onde desmoralizariam o processo do Mensalão falhou, o chefe da sofisticada organização criminosa, segundo o Ministério Público, José Dirceu, numa afronta explícita ao Supremo Tribunal Federal, concitou militantes da UNE a irem às ruas defendê-lo pois, segundo ele, no julgamento do maior escândalo da história política do país, marcado para o começo de agosto, só uma voz, pedindo a condenação, será ouvida. Esta parece, claramente, a cobrança da contra-partida aos milhões de reais doados para a capacitação de estudantes, promoção de eventos culturais e a reconstrução da sede da outrora combativa entidade, que viraram fumaça nas mãos de aproveitadores, anacrônicos estudantes profissionais, que se locupletam com verbas públicas. Parece, e é. Não apenas pelo caráter da conclamação, como pela maneira como foi apresentada, evidenciando, de forma inequívoca, o desespero que tomou conta de Lula e Dirceu, bem como a expectat...