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Mostrando postagens de janeiro, 2017

PT mergulha na ficção

Editorial do Estadão - 23/1/2017 Enquanto Luiz Inácio Lula da Silva dá tratos à bola para se livrar da cadeia, os intelectuais petistas preparam propostas para “resgatar” a imagem do PT, a serem apresentadas ao 6.º Congresso Nacional do partido, marcado para abril. Nesse contexto, duas questões se destacam: a que é objeto dos textos Balanço de Governo Estrutura e Funcionamento, voltados para uma avaliação crítica da atuação do PT desde a primeira eleição de Lula à Presidência da República, e Luta Contra a Corrupção, dedicado à análise dos desvios éticos dos petistas desde que chegaram ao poder. Trata-se, de um lado, de elucubrações requentadas sobre o papel da esquerda na política brasileira. De outra parte, a que cuida de corrupção, todo o conteúdo também é puramente ficcional. Para entender melhor a enrascada em que o PT está metido desde que o povo brasileiro descobriu quem são de verdade Lula e sua turma, convém rememorar os primórdios da fundação daquele que se propunha a ser

As 10 melhores frases de Roberto Campos

Compiladas pelo jornalista Moacir Japiassu, do site Comunique-se. — A burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor. — A diplomacia é como filme pornográfico: é melhor participar do que assistir. — A inveja é o mau hálito da alma. — Em nossa religião camarada, Deus é quase um membro da família. Um pai tolerante, muito ocupado com outras coisas, mas a quem se recorre num aperto. — Sou chamado a responder rotineiramente à pergunta: haverá saída para o Brasil? Respondo dizendo que há três: o aeroporto do Galeão, o de Cumbica e o liberalismo. — Estatização no Brasil é como mamilo de homem: não é útil nem ornamental. — Apesar de intransigentemente privatista, advogaria a estatização da pena de morte, que é hoje indústria rentável em Alagoas e na Bai­xada Fluminense. — A burrice é o único símile do infinito. — Os índios brasileiros são os maiores latifundiários pobres do planeta. — Os artistas brasileiros são socialistas nos dedos ou na voz, mas invariavelmente capitalistas

Trump! Como isso aconteceu?

Aconteceu porque você proibiu as sodas tamanho gigante. E fumar em parques. E idéias ofensivas no campus. Porque você rotulou as pessoas que se opõem ao casamento homossexual como "homofóbicos", e as pessoas inseguras sobre a imigração de "racistas".  Porque você tratou o fato de possuir uma arma e nunca ter comido quinoa como sinais de fascismo. Porque você pensou que corrigir as atitudes das pessoas era mais importante do que dar-lhes empregos. Porque você transformou "homem branco" de uma descrição em um insulto. Porque você usou injúrias como "negador" e "perigoso" contra qualquer um que não compartilha suas eco-devoções.  Porque você tratou o dissenso como discurso de ódio e críticas a Obama como extremismo. Porque você falou mais sobre banheiros sem gênero do que sobre retomadas de casas. Porque você beatificou Caitlyn Jenner. Porque você patrulhou as palavras das pessoas, desprezou suas capacidades paternas, ridicularizou

Alertar é preciso, 2

O país pode ingressar em situação que torne inexequível o regime democrático vigente Por *Rômulo Bini Pereira A renomada escritora e jornalista Cora Rónai, em lúcido artigo, fez um alerta: “(...) um país vai para o brejo aos poucos construindo uma desgraça ponto por ponto (...)”. Felizes palavras em face do momento crítico pelo qual passa a Nação brasileira. Em cima de um conhecido ditado popular, ao citar o termo brejo, fez uma sutil alusão a indicar para onde caminha o Brasil. A inesperada e incorreta invasão promovida recentemente na Câmara dos Deputados por um grupo de manifestantes é uma dessas “desgraças”. Membros do governo, lideranças políticas e a imprensa expressaram seu desacordo e sua indignação quanto à invasão e enquadraram o grupo de manifestantes como representantes da “direita” e, até para alguns, da “extrema direita”. Esse enquadramento teve como origem a utilização de palavras de ordem que exigiam intervenção militar. O ministro da Defesa declarou que os milita

Alertar é preciso

Por *Rômulo Bini Pereira “A farda não abafa o cidadão no peito do soldado!”, General Osório Vem sendo veiculada com frequência pela mídia a afirmação de que “as instituições de nosso país estão consolidadas e funcionando corretamente”. E está sempre presente em debates de TV, artigos e reportagens porque é dita ou escrita num contexto de temas sobre o grave e vergonhoso momento por que passa o País. Trata-se de verdadeiro paradoxo, pois, se consolidadas e funcionando corretamente, a Nação não estaria convivendo com o que tem sido considerado o pior período da História nacional, em que se nota visível e crescente decadência moral e ética no campo interno e preocupante descrença externa quanto ao futuro do Brasil. Talvez a afirmativa seja uma advertência para possíveis atitudes extremas e aventureiras, como golpes e intervenções de qualquer natureza. Entretanto, o estudo das instituições quanto ao seu funcionamento e à sua consolidação carece de uma análise de respostas. Para quem

O papel da Instituição Fiscal Independente

Inserida no espírito da responsabilidade fiscal, sua missão é trazer luz para as contas públicas por Felipe Salto, publicado no Estadão - 02/01/2017 Há cerca de um século, um importante juiz norte-americano, Louis Brandeis, disse: “A luz do sol é o melhor dos desinfetantes”. A Instituição Fiscal Independente (IFI), criada pela Resolução do Senado n.º 42/2016, nasce com uma missão muito clara, inserida no espírito da responsabilidade fiscal: trazer mais luz para as contas públicas. O texto que previa a criação da IFI foi elaborado no gabinete do senador José Serra quando eu era assessor dele. Desse trabalho, que também envolveu consultores do Senado Federal e especialistas no tema, surgiu o projeto de resolução, de autoria do presidente Renan Calheiros, que criou a nova instituição. A transparência é um dos vetores fundamentais para a elaboração de melhores políticas públicas e para a construção de um Estado efetivamente republicano. A eficiência, fazer mais com o mesmo, e a eficácia