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Mostrando postagens de agosto, 2016

Os imorais, editorial do Estadão

O julgamento da presidente Dilma Rousseff já não tem a menor importância, em si, para os petistas que a defendem no Senado. Por se tratar de um processo essencialmente político, as favas já estão para lá de contadas. Portanto, os senadores do PT estão ali com o único objetivo de encenar a “paixão de Dilma”: diante das câmeras de documentaristas simpáticos à causa lulopetista, encarregados de registrar os estertores de Dilma na Presidência, esses histriões querem converter o julgamento em um dramalhão épico, numa tentativa de ditar a história deste triste período. Pode-se imaginar que o roteiro cinematográfico do “martírio” de Dilma preveja como clímax a presença da presidente no Senado para se defender, amanhã. Consta que a petista trará uma comitiva de três dezenas de pessoas, entre as quais vários correligionários que foram seus ministros, que certamente se comportarão, diante das câmeras, como devotados apóstolos. E há ainda uma chance de ver Lula da Silva, a prima-dona da companhia

Solteiridão

“E a namorada?” Alguém vai me perguntar. Aí vou sorrir e responder: “Estou solteiro!”. E logo depois vem aquela cara de: “nossa, coitadinho”, quando ao meu ver era a hora certa da pessoa me abraçar e pularmos gritando: “Parabéns Campeão!” Sabe, realmente não entendo essas pessoas que colocam o fato de encontrar uma pessoa como sendo um dos objetivos primordiais da vida. Como se a ordem natural fosse: nascer, crescer, conhecer alguém e morrer. A meu ver, não é assim. As pessoas se dizem solteiras como quem diz que está com uma doença grave, alguém que precise de ajuda. Não é nada disso. Existe sim vida na “solteridão”! E das boas. E isso não quer dizer farra, putaria, poligamia ou promiscuidade. Aliás, quer dizer sim, mas só quando você tiver a fim. No mais quer dizer liberdade, paz de espírito, intensidade. E olha que escrevo isso com algum conhecimento de causa, já que tenho vários anos de namoro no currículo. De verdade, do fundo do coração, eu estou muito bem solteiro. Acho até que

Muito prazer, por Flávia Paixão

"Fico feliz que tenha gostado e que agora saiba ser exagero todo medo que foi criado. Não pude te oferecer o maior conforto de todos, mas te ofereci a melhor das intenções. Se faltou caviar, me perdoe, espero ter compensado com sorrisos e caipirinhas. Aqui não fazemos muito caviar. Mas sorrimos como se pudéssemos comê-lo todos os dias. Quando chegar em casa, se tossir, é mera mudança climática. Não se assuste, não é Zika. Quando você quiser voltar, a palavra é “saudade”. Sei que não tem no mundo essa palavra, mas após vir aqui, tenho certeza que passará a fazer parte da sua vida e vocabulário. Me desculpe pelas armas nas ruas, é que me disseram tanto que eu falharia que pedi todo reforço que pude para te proteger. Queria te ver feliz. Sei que você não tem culpa nenhuma dos meus problemas e por isso te peço desculpas pelos filhos rebeldes e pouco inteligentes que acharam que descontando em você melhoraria alguma coisa. Quase imperceptível minoria, mas ainda assim, me desculp

Esfiha turca

Ingredientes Líquidos: 1 xícara de água (200 ml) 1 xícara iogurte natural (200 ml) 3 colheres de sopa de creme de leite (125 g) 1 ovo ½ xícara de óleo vegetal (125 ml) sólidos: 1 pacote de fermento instantaneo (10 g) ou 30g fermento fresco para pão 1,5 colheres de sopa de açúcar cristal ou demerara 1,5 colher de chá de sal 4,5 à 5 copos de farinha (pode ser mais ou menos) 600 à 750 g (varia conforme a qualidade da farinha) ...................................................................................... 1 ovo para pincelar (gema) ...................................................................................... recheio: 350 g carne de baixo teor de gordura 350 g cebola 350 g tomate 1 colher de sopa de sal 1 porção de salsa picada 1 porção de hortelã picada pimenta vermelha (opcional) ...................................................................................... Preparação da massa: Coloque o fermento, açúcar e 50% da farinha Misture a água, iogurte e creme de leite

Flash da Olimpíada

A noite de ontem foi excelente. Fui ao Parque Olímpico da Barra, acompanhado de 3 dos meus queridos filhos torcer pela equipe brasileira de polo aquático. A Hungria mostrou que ainda temos um longo caminho até alcançar o nível dos melhores: mesmo contando com atletas "importados" e a repatriação do nosso Felipe Perrone, levamos uma autêntica aula técnica e tática, e o 10 x 6 saiu barato pra nós. O adversário de amanhã será a poderosa Croácia, atual campeã olímpica, e só um milagre nos fará seguir em frente. Resta saber que legado vai ficar para o polo aquático depois desse projeto. Pelo menos, vai ter Liga?

Lula e Trump, por José Padilha

Lula e Trump Por que conservadores americanos e socialistas brasileiros, extremos opostos, estão incorporando, cada vez mais, o cinismo às ideologias? Aqui nos EUA o processo até que foi engraçado, embora o desfecho possa ser trágico. Depois de uma primária republicana ridícula, em que os candidatos conservadores se mostraram extremamente fracos e foram gradativamente eliminados da disputa pelo populismo histriônico de Trump, os conservadores ficaram em quintanilhas. Ou se afastavam de Trump e entregavam a Presidência aos democratas, ou coroavam Trump na convenção do Partido Republicano. Fora algumas exceções, notadamente Ted Cruz, os conservadores fecharam com Trump. Estão comendo o pão que o diabo amassou. Trump associou-os ao racismo (contra os mexicanos), à ideia de que é lícito que estrangeiros interfiram nas campanhas eleitorais americanas (Putin e os hackers da Rússia), ao ódio indiscriminado contra os muçulmanos, à renegociação intempestiva e unilateral de tratados comerciais

"O samba do partido doido", editorial do Estadão

Há carradas de razões para que se consume o impeachment da presidente Dilma Rousseff, desde as arroladas no processo ora em curso no Senado até as que fizeram do quase finado governo da petista o mais irresponsável e corrupto da história nacional. Mas o voto em separado elaborado pelo PT para se contrapor, na Comissão Especial do Impeachment no Senado, ao parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) é prova cabal de outro grave delito cometido recorrentemente pelos petistas: o de lesa-inteligência. Em poucas oportunidades, os borra-papéis do partido conseguiram juntar num mesmo texto tão estapafúrdias referências – que vão de Dante Alighieri a Hitler – para reafirmar a tese de que Dilma é vítima de golpe. Enquanto Anastasia procurou embasar seu parecer em fatos, dizendo que a gestão de Dilma instaurou “um vale-tudo orçamentário e fiscal que trouxe sérias consequências negativas para o País”, os petistas denunciaram que a presidente é vítima de uma conspiração das forças do mal. Para