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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

El beso mortal de los precios topados, por Yoani Sánchez

Tinha dez anos quando Fidel Castro lançou a batalha econômica que chamou de "retificação de erros e tendências negativas". A raiva do Líder Máximo, em seguida, caiu sobre os agricultores privados e os intermediários que negociavam seus produtos. A praça dos Cuatro Caminos, em Havana, também conhecida como o Mercado Único, recebeu a investida oficial e depois desse "RAID", desapareceram de nossas vidas a cebola, o grão de bico, a pimenta e até mesmo o inhame. Quase uma década depois, quando o país tinha ido ao fundo do poço com o desabastecimento e a escassez de alimentos, o governo autorizou novamente os mercados agrícolas não-estatais. A primeira vez que me aproximei de uma barraca e comprei um réstia de alho, sem me esconder, era como recuperar uma parte da minha vida que me arrebataram. Durante anos, tivemos de apelar para o mercado ilegal, a precariedade da clandestinidade, para comprar desde uma libra de feijão até sementes de cominho para temperar a comid

Resposta ao casal de parasitas

Em resposta à provocação sobre o foco da Operação Lava-jato, feita pelo casal Chico Diaz e a filha do aproveitador, cínico e cara de pau, Chico Buarque, o juiz Moro deveria fazer como o professor Raimundo fazia com um dos seus alunos mais enroladores, o Famoso Rolando Lero, interpretado por Rogério Cardoso: "eu não devia, seus cretinos, mas, vou lhes ajudar". - Não é só o PT, seus sem-vergonha, que está na mira da operação Lava-jato, mas, todo e qualquer malfeitor que pretenda se locupletar com o dinheiro público. O PT está na berlinda, por que não é à toa, que o que aconteceu na Petrobras é considerado um dos maiores escândalos mundiais de corrupção. Os números são estratosféricos. A palavra "milhão" foi banalizada. A roubalheira foi tanta, que parte da direção do partido está presa, e outros logo estarão atrás das grades. - O país estava acostumando às investigações de faz de conta, para inglês ver. Agora, um grupo de pessoas sérias, que trabalha com dispos

A ressentida e a vigarista, por Augusto Nunes.

“Não quero morrer amanhã e tudo isso ficar na tumba, eu quero falar e fechar a página”, disse Mirian Dutra para justificar a punhalada desferida nas costas de Fernando Henrique Cardoso, com quem teve um caso amoroso quando trabalhava na TV Globo em Brasília e o ex-presidente era ainda senador. O romance durou seis anos. Durou quase 30 o silêncio quebrado nesta semana por duas entrevistas. O pote até aqui de mágoa, esse vai durar para sempre, avisa o caótico desfile de denúncias contraditórias, acusações explícitas ou insinuadas, fatos e fantasias irrompendo de braços dados, cobranças indevidas e cachos de queixumes. Tudo somado, está claro que Mirian Dutra é uma prisioneira do ressentimento. Não há cura para esse oitavo pecado capital. Primo da ira, do orgulho e da cobiça, o ressentimento costuma ser equivocadamente confundido com a inveja, da qual é irmão. As diferenças superam as semelhanças. Invejar, por exemplo, pode ser intransitivo; a inveja frequentemente dispensa objetos direto

O constrangimento de Francisco

Pra mim, acabou. Não é de hoje que vejo nas ações do papa, aquela mal-disfarçada esquerdopatia, a preferência por criticar o o livre mercado, e a benevolência com ditadores como Fidel, Putin, e canalha da américa latrina como sinais de um apostolado marxista. Ontem, ao receber a visita do novo presidente argentino, Mauricio Macri, que está rompendo com as práticas do casal K, trazendo a Argentina de volta pro mundo real, o constrangimento de Bergoglio foi inescapável. Não precisava ser um observador atento. A frieza dedicada ao homem que está tirando o nosso vizinho do atoleiro que o populismo kirchinerista meteu, foi motivo, inclusive de matéria em jornais. Quando vi a reportagem na TV, que nada comenta, a atitude saltava aos olhos. Ainda bem, que pouco a pouco, nós, sul-americanos, estamos recuperando o bom senso e varrendo essa gente pro lixo de onde nunca deveriam ter saído. A libertação já começa a acontecer na Venezuela, Argentina, Bolívia e breve chegará ao Brasil, que vai

As peripécias do óbvio

por Fernando Gabeira O governo assaltou e arruinou a Petrobras. A tese mais elementar era esta: parte do dinheiro roubado foi desviada para as campanhas de Lula, Dilma e tutti quanti. No Brasil, o elementar nem sempre se impõe. Almas generosas dizem: não há provas de que os milhões roubados da Petrobras foram usados em campanha. Todo o dinheiro foi registrado no TRE: contribuições legais. As empresas que doaram são as mesmas do escândalo. O dinheiro da propina foi simplesmente lavado. As almas delicadas não acreditam que tenha havido dinheiro sujo na campanha e não fazem a mínima ideia de para onde voaram milhões de dólares. E consideram que está tudo bem com a lavagem de dinheiro, embora isso seja um crime punido por lei. Agora a casa caiu. A prisão do marqueteiro João Santana mostra que ele recebeu dinheiro do escândalo do petróleo como pagamento pela sórdida campanha de 2014. Fechou-se o quadro. Ele já estava desenhado no celular de Marcelo Odebrecht. Numa das anotações fala

DESTRINCHANDO A “QUEBRANDO O TABU”, por Rafael Hollanda, publicado pelo Instituto Liberal

Não existe outro espaço na internet brasileira em que o conceito de imbecil coletivo – um conjunto de pessoas com uma inteligência normal ou superior que se reúnem com a finalidade única de imbecilizarem-se umas as outras – se encaixe tão perfeitamente, como uma peça em um quebra-cabeça, do que a página “Quebrando o Tabu”. É impossível ler os seus posts e não terminar a leitura com alguns neurônios a menos ou com a capacidade cognitiva reduzida por um curto espaço de tempo. Essa página é uma obra de arte marcusiana, onde revoltados e odientos que nasceram em berço de ouro, cheios de certezas sobre o mundo e ávidos de vontade de controlar a vida dos outros saem dizendo o que as pessoas deveriam fazer, como deveriam se relacionar, amar, gastar o seu dinheiro e pensar. Não existe um articulista ou post naquela página que não tente empurrar para o leitor as suas perversões ideológicas que vão desde o ódio virulento a polícia militar, passando pelo sexo livre desde a mais tenra idade, por

Nós vamos vencer essa guerra!

Amiga querida, Não é segredo que a vida é feita de muitas batalhas, algumas mais fáceis de vencer, e outras nem tão fáceis assim. O caminho até a vitória, em geral, é árduo e cheio de desafios, e, como dizia Sun Tzu em "A arte da guerra", é preciso conhecer o inimigo: - "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultados de cem batalhas". Penso que para você, um dos primeiros passos, agora, é procurar conhecer este inimigo, olhá-lo de frente, e se preparar, física e psicologicamente, para a batalha que virá. Quanto mais souber a respeito "dele", melhor saberá como combatê-lo, melhor saberá explorar os seus pontos fracos, mais rápida será a sua vitória. O autor de "A floresta russa", L. M. Leonov ensina "Nenhuma grande vitória é possível sem que tenha sido precedida de pequenas vitórias sobre nós mesmos". É preciso, portanto, fortalecer o espírito, e explorar todo o conhecimento que tem sobre si mesma.

A carta do Mark Manson

A bronca aplicada, na "Carta aberta aos brasileiros", do americano Mark Manson, dividiu opiniões, fez alguns ruborescer, causou espanto a outros, mas teve reações negativas, majoritariamente, do pessoal da esquerda. O cara colocou o dedo em feridas profundas, como a nossa mentalidade retrógrada e o famoso jeitinho. Por educação, cuidado ou sei lá, nem usou esta palavra, que tão bem retrata a alma brasileira, quanto incomoda quando é mostrado com as vísceras expostas, como fez o escritor americano. Manson falou também de egoísmo, pilantragem, descontrole financeiro e outras mazelas, para as quais, de fato, não temos desculpa. O que chamou atenção, e para alguns deve ter sido como um soco no fígado, é que ele aponta como culpado da crise e de tudo que estamos passando e vivemos, o próprio brasileiro. Não é a Dilma, não é o Lula, não é o PT. É o brasileiro o principal responsável por tudo isso que está aí, decreta. Se nos despirmos do orgulho e da pouca aceitação que temos c

O que descobri com a solidão

O psicólogo Jadir Lessa cita o seguinte: "O filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) afirma em Ser e Tempo que estar só é a condição original de todo ser humano. Que cada um de nós é só no mundo. É como se o nascimento fosse uma espécie de lançamento da pessoa à sua própria sorte. Podemos nos conformar com isso ou não. Mas nos distinguimos uns dos outros pela maneira como lidamos com a solidão e com o sentimento de liberdade ou de abandono que dela decorre, dependendo do modo como interpretamos a origem de nossa existência. O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade. E se torna inautêntico quando interpreta a solidão como abandono, como uma espécie de desconsideração de Deus ou da vida em relação a ele. Com isso abre mão de sua própria existência, tornando-se um estranho para si mesmo, colocando-se a serviço dos outros e diluindo-se no impessoal. Permanece na vida sendo um coadjuvante em sua própria história.” A solidão me ensinou

Só no Brasil?

Deu no NYT: - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos disse no sábado que não há evidência de que a Zika tenha causado qualquer caso de microcefalia no seu país, embora 3.177 mulheres grávidas tenham sido diagnosticadas com o vírus. Será que este é um privilégio das brasileiras? Ver reportagem

Hemiplegia da imprensa oficial

Em Cuba ou em qualquer lugar onde os meios de comunicação são dominados pelo Estado, o que se vê é um descolamento gigantesco entre a realidade e o quadro oficial apresentado pela imprensa. YOANI SÁNCHEZ, blogueira cubana, que em visita ao Brasil foi molestada e agredida pelas hostes petistas dá o seu testemunho. Qualquer semelhança NÃO é MERA COINCIDÊNCIA. Hemiplegia da imprensa oficial Às vezes eu gostaria de morar nesse país que mostram na televisão. Essa nação de esperança divulgada pela imprensa oficial, que tem os tons rosa do sonho. Um lugar de adereços e slogans, onde as fábricas superam a sua produção e os funcionários são declarados "heróis do trabalho". Nessa Cuba que salta das antenas e atinge nossa tela, não há espaço para a doença, dor, frustração ou impaciência. A imprensa oficial cubana tentou abordar a realidade do país nos últimos anos. Vários rostos jovens têm chegado à programação da televisão para informar sobre as omissões administrativas, o mau fu

“Esquisitíssimos, retrógrados ou apenas lulopetistas”, artigo de José Aníbal

Escrevo na terça para meia dúzia de leitores na Quarta-Feira de Cinzas. Mas o faço com disposição e, talvez, vã expectativa de que para algo sirva, especialmente aos parlamentares e aos que ainda têm ânimo para caraminholar sobre saídas para a encrenca em que estamos metidos. Pelo Estadão da segunda-feira de Carnaval ficamos sabendo do emagrecimento de 8 dos 9 principais programas sociais do governo em 2015 na comparação com 2014. A principal vítima foi o Bolsa Família. Teve R$ 1 bilhão a mais em 2015, mas, descontada a inflação, perdeu 5% de valor comparado a 2014. O Bolsa Família é o único programa de transferência de renda que não é indexado pela inflação. Quer dizer, o governo pode cortar os recursos sem precisar fazer pedaladas. É possível fazer diferente? No Brasil, os 20% mais pobres da população se apropriam de menos de 4% da renda nacional. Um programa de ajuste fiscal é perfeitamente compatível, não apenas com a manutenção da renda deste grupo, como até mesmo com a amplia

Reinaldo, o vaidoso inútil

Apesar do passado confessadamente esquerdista, não concordo com essa campanha contra o Reinaldo Azevedo, colocando-o entre os fingidos, os traidores da direita, o canalha a ser combatido, por causa de suas posições contra o deputado Jair Bolsonaro. Penso que Reinaldo passou a criticar a esquerda e seus próceres por ter enxergado um pouco mais do que antes, a ação nefasta, daninha, corrupta, criminosa, aproveitadora, doutrinadora e atrasada dos representantes da ideologia marxista, e por ter visto que essa gente, além de incompetente, tem um plano de manter o poder pelo poder, e espolia a nação, em proveito próprio, sem pudor, nas barbas de seus adversários, e nenhuma voz de peso existe para combatê-los. Descobriu, portanto, um nicho. Escreveu as palavras certas, construiu o discurso apropriado, e conquistou um público ávido por escutar (ler) uma mensagem contrária aos bandoleiros que tomaram o país de assalto, desde 2002. Esta grande massa de seguidores, fãs, aliados, ou seja lá

"Somos todos Lula"

Nunca pensei que iria publicar nessas páginas um texto do jornalista Élio Gaspari. Mas, como sou de valorizar o que é para ser valorizado, aqui vai. ------------------------------------- O comissariado petista inspirou-se num sonho de Farah Diba, a ex-imperatriz do Irã No domingo de carnaval os repórteres Vera Rosa e Ricardo Galhardo revelaram que, durante uma reunião com Lula, dirigentes do PT sugeriram a criação de uma rede de apoio a Nosso Guia com o slogan “Somos todos Lula”. Seria algo como o famoso “Je suis Charlie”, criado depois do ataque terrorista à redação do “Charlie Hebdo”. Seria, mas jamais será. Puxando-se pela memória, a ideia ecoa uma proposta feita em 1978 pela imperatriz Farah Diba, do Irã. Seu país estava conflagrado, com milhões de pessoas na ruas pedindo o fim da monarquia mequetrefe de seu marido, o xá Reza Pahlevi. Farah vivera em Paris e lembrou que em 1968, quando os estudantes franceses pediam a renúncia do presidente Charles de Gaulle, o velho genera