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Mostrando postagens de agosto, 2013

"Nossa medicina é quase de curandeirismo", diz doutor cubano

Gilberto Velazco Serrano, de 32 anos, conta por que, em 2006, desertou de uma missão de seu país na Bolívia - na qual os médicos eram vigiados por paramilitares   por Aretha Yarak O cubano Gilberto Velazco Serrano, de 32 anos, é médico. Na ilha dos irmãos Castro ele aprendeu seu ofício em meio a livros desatualizados e à falta crônica de medicamentos e de equipamentos. Os sonhos de ajudar os desamparados bateu de frente, ainda durante sua formação universitária, com a dura realidade de seu país: falta de infraestrutura, doutrinação política e arbitrariedade por parte do governo. "É triste, mas eu diria que o que se pratica em Cuba é uma medicina quase de curandeirismo”, diz  Velazco. Ao ser enviado à Bolívia em 2006, para o que seria uma ação humanitária, o médico se viu em meio a uma manobra política, que visava pregar a ideologia comunista. “A brigada tinha cerca de 10 paramilitares, que estavam ali para nos dizer o que fazer”. Velazco não suportou a servidão forçada e fugiu

Cubanos presos, aqui e lá

por Carlos Alberto Sardenberg, O Globo O problema não é que sejam médicos, muito menos cubanos. O problema é o método de contratação, que convalida grave violação de direitos humanos. Importar trabalhadores é normal. Importam-se, por exemplo, os melhores profissionais, para agregar conhecimento e expertise às práticas locais. Ou se traz um tipo de trabalhador que não se encontra no país importador. Ou ainda pessoas que topam salários e serviços que os locais não aceitam. Este é o caso da importação de médicos pelo governo brasileiro. Tanto que os estrangeiros só poderão exercer um tipo de medicina e apenas nos lugares para os quais foram designados. Não vieram para transmitir alguma ciência ou prática nova. O médico de família e o atendimento básico não são novidades por aqui. Mas são insuficientes, diz o governo. É um argumento. As entidades médicas brasileiras, portanto, não têm razão quando se opõem à importação em si. Ocorre que a história não termina aí. Tão normal quanto a import

Mulheres que amamos

A americana, de Chicago, Dana Adiva, 21 anos, aspirante a wrestler, declarou que tem um problema sério: "é bonita demais". Realmente, ela padece deste mal. Coitada! Hehehehe.....

O governador e o jornal

por Ruy Fabiano O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT, é um estudioso da liberdade de imprensa. Nas horas vagas de sua função - que, ao que parece, são muitas -, decidiu pesquisar o maior jornal de seu estado, o Zero Hora, do Grupo RBS. Como detesta improvisos e amadorismos, quis basear seu estudo em dados científicos. Contratou, então, um instituto especializado nesse tipo de pesquisa – a Foco Opinião e Mercado Ltda., de Santa Catarina – para avaliar se o dito jornal é ou não imparcial nas coberturas que faz de seu governo. Para tanto – detalhe irrelevante -, serviu-se do tesouro do Estado, de lá sacando a módica quantia de R$ 400 mil, que, claro, não fará falta a ninguém. Não se sabe a que conclusão chegou a tal pesquisa, que não foi – e provavelmente não será – publicada. O Ministério Público de Contas do Rio Grande do Sul não entendeu - e não gostou: “Não se depreende qual a finalidade e o interesse público, em possível desatendimento às disposições constitucionais,

O verdadeiro futuro da água limpa

 publicado no NYT por David Bornstein , autor do livro "Como mudar o mundo" O que seria necessário para garantir que todas as pessoas no mundo tenham acesso à água potável? Fui solicitado a fazer esta pergunta em resposta a um artigo recente do New York Times Magazine, que focava sobre Charity: Water, uma organização que já teria arrecadado US $ 100 milhões para financiar projetos de água no mundo em desenvolvimento, tornando-se o maior com foco na água, sem fins lucrativos nos Estados Unidos. A mensagem que os doadores ricos podem resolver a crise de água no mundo é enganosa. Charity: Water tem feito um trabalho importante sensibilizando a opinião pública sobre a crise de água no mundo e demonstrou notável capacidade de captação de recursos - envolvendo ambos os "micro-filantropos" e empresários ricos. A captação de recursos da organização é guiada pelo imperativo de dar a seus doadores uma experiência gratificante. No entanto, para fazer isso, Charity: Water tev

Voocê moraria em um desses?

O governo dos Estados Unidos está leiloando dois faróis: o Saybrook Breakwater, em Connecticut e o magnífico farol da ilha de Graves, que se eleva a mais de 30 metros e assenta-se em um pedaço de 10 acres de terra rochosa, nove milhas ao largo da costa de Boston. Como se não bastasse os próprios faróis serem bonitos o suficiente, os novos proprietários não precisam nem saber como operá-los, pois a Guarda Costeira americana continuará a ajuda à navegação em cada estação. O lance por Grave Island já chegou a U$ 500.000,00. Mas pelo Saybrook a oferta foi menor: cerca de U$ 205.000,00. Quem se habilita?

Lição que aprendemos tarde

Hungria retorna ao topo no polo aquático mundial

A final do mundial de polo aquático masculino, no sábado, foi emocionante. Depois de estar perdendo por 3 x 0, Montenegro equilibrou o jogo, que seguiu igual até ser decidido, nos instantes finais, com um golaço do húngaro Marton Szivos. O maior destaque foi o goleiro Viktor Nagy, da Hungria, com 12 defesas, algumas delas, milagrosas. Fiquei impressionado com os sistemas defensivos, sempre muito rápida e bem armados; e com a habilidade, a força e a precisão dos chutes, mostrando que ambas as equipes estavam altamente preparadas, física, técnica, e, principalmente, taticamente. É jogo pra ser visto e revisto por nossos técnicos e jogadores.

A banalidade de Dilma - Excelente artigo de Fernando Gabeira

A banalidade de Dilma - FERNANDO GABEIRA ESTADÃO - 02/08 Ao sair do filme Hannah Arendt, a filósofa judia descrita na tela por Margarethe von Trotta, muitas ideias me vieram à mente. Lembranças da ditadura, meu depoimento no Tribunal Bertrand Russel, em Roma, onde também defendi a presença da banalidade do mal entre torturadores brasileiros, quase todos dedicados pais de família, operosos funcionários do governo. A experiência de Hannah Arendt, que cobriu o julgamento de Adolf Eichmann para a revista New Yorker, causou verdadeira comoção. Não só por questionar o papel de alguns líderes judeus, mas por afirmar que Eichmann não era um monstro. O enigma, para ela, era a contradição entre a mediocridade de alguns homens e a dimensão da tragédia que provocaram. O nazismo passou, também passou a ditadura militar no Brasil. Mas existem elementos no discurso de Hannah, em especial o que faz para seus alunos no auge da polêmica sobre o artigo na New Yorker, que merecem ser retomados à luz da co