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Mostrando postagens de agosto, 2009

Marina e a presidência

A senadora Marina Silva é uma mulher de 51 anos que tem uma história de vida muito parecida com a do Ali Blá-Blá. Nascida no Acre, foi professora e sindicalista. Amiga de Chico Mendes, ajudou a fundar a CUT do Acre, e está no PT desde 86. Na política foi vereadora, deputada e depois senadora. Em 2003, foi nomeada ministra do meio-ambiente, tendo sido confirmada no cargo com a reeleição do indigitado. Envolvida em diversos conflitos com outros ministros, inclusive a protegida de Lula - Dilma Roussef - Marina se demitiu em razão da falta de sustentação à política ambiental que defendia. As divergências com os antigos companheiros chegaram ao ápice há cerca de 15 dias, quando Marina desfiliou-se do PT e seguiu para o Partido Verde, onde foi recebida com festa por dirigentes, militantes e outros líderes da agremiação, que querem que ela concorra à presidência em 2010. Parte da imprensa está dizendo que Marina poderá ser um fator de desestabilização para a candidatura da chefe da Casa Civil

O que podemos esperar de Marina?

A senadora Marina Silva, do Acre, filiou-se hoje ao PV. O partido festejou a chegada da ex-ministra, com a presença de diversos líderes, entre eles, Fernando Gabeira, que fez duras críticas à política: - Esse tema (a ética na política) é importante porque nós temos no Brasil hoje um governo moralmente frouxo, um Congresso apodrecido e um Supremo Tribunal Federal em princípio de decomposição com a decisão tomada nesta semana - disse Gabeira. - Nós não temos a pretensão de constituir um partido de pessoas infalíveis. Temos a pretensão de construir um partido de pessoas que, quando erram, reconhecem o seu erro, corrigem o rumo e reparam o que fizeram. Uma pausa: neste momento, em entrevista ao programa "É notícia", da RedeTV, o presidente do Senado, José Sarney, acaba de perguntar ao entrevistador: - "Que mal há em fazer um pedido de emprego para o Garibaldi? Ainda mais para o namorado de uma neta, que não é parente.". O apresentador Kennedy Alencar até que tentou expl

A cegueira da Justiça

O STF entendeu, por 5 votos a 4, que o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não infringiu a lei, ou melhor, que não lhe pode ser imputada a culpa pela quebra do sigilo bancário do corajoso caseiro Francenildo Costa. A maioria dos que o inocentaram alegou que não havia nos autos provas cabais que a ordem para violar um direito fundamental do humilde cidadão teria partido de Palocci. Ou seja, na falta de outra coisa, desqualificaram a denúncia feita pelo Ministério Público. Por seu turno, segundo o site G1, o ministro Marco Aurélio, que votou pela continuidade das investigações, teria dito que "raras vezes vi uma peça tão bem confeccionada pelo Ministério Público e assentada em tantos elementos indiciários com relação aos três (denunciados). Continuo convencido de que tínhamos de receber a denúncia para dar ao MP a possibilidade de pelo menos investigar. Até porque a abertura de investigação não significaria presunção de culpa. Mas é claro que a maioria não concluiu assim e no c

O cartão vermelho que não foi dado

O senador Eduardo Suplicy fez com o presidente Sarney o que a maioria dos brasileiros gostaria de fazer com os políticos: aplicou-lhe um cartão vermelho. Com o seu modo desajeitado e voz trêmula, de quem parece estar tenso por falar em público, o senador petista foi dos poucos da desgastada legenda a agir com independência e coragem em relação à orientação da tropa de choque de Sarney. A atitude rendeu-lhe, na sequencia, a recusa de um aperto de mão pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini e o desprezo da senadora Ideli Salvati, entre outras manifestações hostis de seus colegas de partido. Não duvido que possa resultar em um convite para se retirar da agremiação. A chamar atenção neste episódio, além da estranha e extemporânea intervenção do omisso senador Heráclito Fortes, é ver a que ponto pode chegar Lula e o petismo para manter o seu projeto de poder. Essa gente não se envergonha, nem cansa, de achincalhar as já fragilizadas instituições. A pantomima de Suplicy, que poderia transfor

Mais atos secretos

Foram descobertos novos 450 atos secretos no Senado. Tudo coisa antiga, da época do Toninho Malvadeza. Mas, podem fazer a temperatura local voltar a subir. Não há como ignorar mais essa leva de maracutaias. Os senadores terão que retomar a operação de lavagem da sujeira, que parecia ter chegado ao fim, com o acordão. Não acredito em punições. O Lula já se encarregou de desqualificar mais esta denúncia. Pra ele, tudo faz parte de práticas recorrentes da nossa política. Assim como fez com o mensalão. No máximo, teremos mais alguns bate-bocas, trocas de acusações, mas no final, virão os panos quentes de sempre. Resta esperar que algo diferente aconteça, que as cabeças coroadas fiquem um pouco mais encurraladas, e que a (pequena) parte boa da casa consiga fazer alguma coisa. Pode ser que se chegue ao fundo do poço, de onde não dê mais para descer, o que já é um começo.

A Casa resolveu o problema

Depois da troca de insultos, dos mais baixos, entre o senador Jereissati e a tropa de choque de Sarney, a paz parece ter voltado ao Senado. Não, não foi porque os senadores puniram a quem deviam ter punido. Nem porque restou provado que os senadores não estavam patinando no mar de lama que a República, enojada, tem testemunhado. Na verdade, o espírito de corpo e o toma-lá-dá-cá pacificaram o ambiente. É o me livra, que eu te alivio. Fecha os olhos, que eu finjo que não te vi. A acintosa troca de favores envergonha a instituição e nos deixa na pior situação: - espectadores estupefatos de um espetáculo deprimente, de quinta categoria, um verdadeiro circo dos horrores. Mais uma vez, o lulismo levou a melhor, pra quem, pra todos os efeitos, nada de errado acontecia, só tendo a lamentar que "as pessoas podiam ser um pouco mais civilizadas". De quebra, vai levar o mandato em frente com um "pato manco", como dizem os americanos, presidindo o Senado Federal. Uma verdadeira

Delírios lulistas

Lula disse hoje que ele e outros presidentes da América Latrina iriam "convocar" (sic) o presidente dos EUA, Barack Obama, para que explique qual é política americana para a região. Meu Deus! Será que ninguém disse a esta forma de vida primitiva que não se convoca o chefe de Estado do país mais poderoso da terra pra nada? Ou melhor, não se convoca presidente de outra nação. No máximo, se convida! A vaidade de Lula é tão grande que ele acredita que Obama viria, subserviente, prestar contas à camarilha formada por ele, Chávez, Correa, Lugo, e, quem sabe?, Castro dar alguma satisfação sobre as ações americanas. Ele devia estar delirando, ou sob efeito de alguns copos de chicha. É por essa e por outras que insisto: o Itamaraty passa pelo pior momento de sua história. Nuncaantesnestepaís tivemos uma diplomacia tão fraca, nem pra evitar gafes deste porte eles servem. Vamos de mal a pior....